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Coluna Cidadania – Inclusão digital e social


As novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC´s) trouxeram mudanças no modo de pensar e agir da população. A possibilidade da interatividade, do acesso a comunicação, dos debates em fóruns on-line e de espaços para os usuários divulgarem o que pensam proporcionados pela internet nos dá a impressão de que, finalmente, somos livres. A tão sonhada liberdade de expressão está ao alcance de “todos”. Mas quem são essas pessoas privilegiadas pelas tecnologias da informação mediadas pelo computador? As comunidades carentes, os mais pobres e pessoas com uma posição econômica desprivilegiada têm realmente acesso a esta nova era da informatização? Quando em frente ao computador, navegando na internet, elas sabem o que fazer?

Ainda há muita gente excluída digitalmente devido a falta de acesso à tecnologia e esta exclusão agrava a desigualdade social. O sentimento de igualdade social sem hierarquias proporcionado pela conexão em rede nos dá a falta impressão de que “todo mundo sabe de tudo”. No entanto, é um grande mito pensar que toda a sociedade está em rede visualizando e compreendendo as informações disponível na internet. Uma grande parcela da população ainda não sabe o real significado da palavra inclusão. Incluir um cidadão digitalmente não é apenas ensinar a ele como abrir um e-mail e participar das redes sociais. Inclusão digital pressupõe produção e compartilhamento de conhecimento a fim de melhorar as condições de vida do usuário. Não basta estar à frente de um computador com acesso a rede sem o domínio dessas ferramentas.

O limite do mundo acessível a todos está, portanto, na competência. Acessar a toda e qualquer informação exige uma bagagem cognitiva que permita a compreensão do que está disponibilizado na internet. Nem tudo o que está postado na internet é verídico, é preciso um senso crítico para discernir as informações contidas na web. Por esse motivo é que, até o presente momento, a rede virtual não reduziu as desigualdades sociais.

Durante anos a luta foi pelo direito a informação, pela liberdade de expressão. A luta agora deve ser pela acessibilidade dos cidadãos exercerem esse direito, que pode começar – por que não? – pela verdadeira inclusão digital. Reitero aqui que, em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores.


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