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NCEP participa de roda de conversa sobre indisciplina em sala de aula


A roda de conversa aconteceu no Departamento de Comunicação Social da universidade e contou com a presença de grande parte dos membros do projeto (Foto: Pedro Macedo)

Discussão buscou esclarecer dúvidas sobre as dificuldades encontradas nas oficinas, como forma de melhorar o desempenho e produtividade nas escolas em que o projeto participa

Na última quinta-feira (10), os membros da gestão 2017 do Núcleo de Comunicação e Educação Popular (NCEP) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), participaram de uma roda de conversa sobre a questão da indisciplina em sala de aula e as dificuldades que professores e "oficineiros" encontram para trabalhar seu conteúdo e serem mais produtivos em classe. O encontro contou com a participação da estudante de Letras-Inglês, Giulia Pietra Dal Col, que faz parte do Programa de Iniciação à Docência (Pibid) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio do qual dá aulas de inglês há dois anos para crianças do sétimo ano de escolas públicas na cidade de Cascavel (PR).

Entre os assuntos abordados, foi destaque, principalmente, a questão da indisciplina não ser um fato isolado, mas que tem a ver com vários outros aspectos sociais, como a relação do estudante com a escola, a situação familiar e o sistema educacional brasileiro. Pela explicação de Dal Col, os integrantes do núcleo puderam refletir que a indisciplina, comumente ligada ao mau comportamento, pode ser causa de efeitos como depressão ou possuir ligação com o histórico familiar, episódios de bullying e até mesmo com a falta de limites em casa. Isso se agrava quando o pai ou a mãe não tem com quem deixar seu filho depois da escola, o que pode acarretar com que a criança não desenvolva laços afetivos com os pais.

Oficinas

De acordo com Giulia, a ideia de oferecer essa roda de conversa que ajudasse as pessoas a entenderem o problema da indisciplina surgiu no momento em que os projetos que fazem parte do Pibid tiveram um consentimento de que era necessário ser feito algo dentro do meio acadêmico, para melhorar o desempenho na sala de aula e na universidade. Dentre os problemas mais recorrentes estão: a falta de poder e valorização dos professores, a falta de participação da família na vida escolar do aluno e todo o sistema educacional atual, relata a estudante.

Giulia trouxe discussões pertinentes em relação aos alunos, métodos de docência e apoio da escola, a partir das experiências que ele teve em sala de aula (Foto: Pedro Macedo)

Para Dal Col, é importante entender que a indisciplina não é só bagunça, mas que existem vários fatores por trás que acarretam nessa prática. "Acho essencial entender que cada aluno é diferente. Então, não adianta você ter um método de aprendizado, porque ninguém vai aprender da mesma maneira", argumenta a estudante. "Existem várias formas de lecionar e ter didática, então você pode usar maneiras para que o aluno tenha mais interesse em sala de aula e que todo mundo possa aprender de modo igual", completa. Giulia ainda fala que o problema do desinteresse, por exemplo, pode ser melhorado trazendo vídeos ou depoimentos sobre o porquê daquele conteúdo ministrado aos alunos é importante para sua formação, fugindo das mesmas maneiras de ensinar, mas principalmente, transformando a relação professor-aluno mais horizontal.

Expectativas

Paulo Otávio Siqueira, membro do Núcleo de Comunicação e Educação Popular e integrante da equipe que trabalha no projeto da rádio escola no Colégio Estadual Santos Dumont em Curitiba, reforça a realização de discussões como essas dentro do contexto geral do NCEP. Isso porque, o projeto convive com situações que possam ter acontecido com os alunos ou com os imigrantes - no projeto dos haitianos -, e que não sabem bem como lidar, justamente por não terem essa formação mais específica em pedagogia.

Os assuntos abordados serão usados pelos membros como forma de melhorar o desempenho em sala de aula (Foto: Pedo Macedo)

"É sempre bom esse auxílio de formação, para que a gente se oriente melhor", conta Siqueira. "A visita da Giulia e a fala dela foram muito importantes para que entendêssemos melhor questões como, indisciplina e background dos alunos e do nosso público alvo em geral e buscar melhorar nosso desempenho nas escolas", completa.

Giulia finaliza falando que as ações do NCEP, levando oficinas diversas para escolas públicas, contribui para a formação, porque é algo que sai da realidade do aluno e causa mais interesse, já que é possível ver outras áreas de atuação onde se possa fazer a diferença. "É uma iniciativa que as outras universidades e instituições poderiam dar mais apoio, porque são essenciais para a sociedade e para políticas sociais", finaliza.


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